segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Olá, o que tem de reclamação pra hoje?

Resolvi entrar no restaurante da esquina para ver o que as pessoas geralmente pedem...
Fiquei lá por cerca de 1h. Vi de todos os tipos de pessoas. Menos aquelas que me cativam.
Porém não me incomodei com nada, afinal, nada daquilo era eu... E mesmo que fosse. Eu resolvo meus problemas!

Ok. Aos poucos o restaurante foi enchendo. Era horário de intervalo de serviço e resolvi pedir uma pequena xícara de sobriedade, acompanhada de um pouco de solidão. Então por ali fiquei a reparar.

Alguns chegavam ansiosos. Cheios de fome de carência. Estavam em essência vazios e precisavam preencher bastante espaço com qualquer porcaria que pudessem carregar. Para esquecer o que vem fazendo dia após dia talvez.

O primeiro pediu
- Me vê a reclamação do dia.
- Hoje temos um prato que não tem nada de valor nutricional. Feito com coisas extremamente baratas e de baixa qualidade que acompanham um prato somente com tristeza. É um ótimo prato para se comer rápido e acreditar estar satisfeito senhor.- A funcionaria respondeu.
- Que merda hein! Vou querer um desse mesmo. - Disse o primeiro cliente sorrindo.

O segundo cliente chegou bem tímido, era um jovem rapaz de uns 17/18 anos de idade. Ao menos o que me parecia...
- Moça. Tem algo bem simples?.
Agora outra funcionaria atendendo o rapaz, perguntou.
- Bom, o mais simples que temos é o sanduíche da opressão. A maioria dos pais sempre tentam empurrar para seus filhos. É algo que sai bastante aqui.
- hmm. Não, não quero nada relacionado aos pais não. Obrigado, vou ficar sem nada mesmo.
O garoto fez uma careta ao ouvir a palavra "pais" e foi embora sem escolher qualquer coisa das reclamações...
Achei um pouco deprimente aquilo. Ele era jovem e meus pais não me faziam fazer careta de desgosto.
Bom... Muitos passaram por ali. E sempre pediam muitas coisas parecidas.
Após isso, sentavam se e iam conversar com seus companheiros que eles não queriam estar juntos. Mas que era preferível a ficar sozinhos...
Varias mesas eram possível ver um fingindo dar atenção a papos mais sinceros do desabafante enquanto continuavam a mexer em seus aparelhos distrativos. E outros se mantinham empolgado em complementar queixas sobre tudo o que for possível em suas realidades de vitimização.
Ora ou outra, alguns até diziam: "Você acredita". Como  se eles não fossem responsáveis por suas próprias dores.

Me pus um tempo ali e logo fui embora; Embora muito pude aprender a evitar. Pois independente de toda vez que alguém me disser ao contrario. Se meu bom senso não admitir que a outra parte tem razão. De exemplos como aqueles. Nada me parece certo!

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